Ele teve seus últimos cinco dias marcados por mudanças de humor causadas por sensações de dejavu constantes. Mesmo assim, conteve seu prólogo diário, que basicamente se resumia em: casa para o trabalho e, trabalho para casa. O ponto de partida, no subúrbio, é rodeado de outras casas que (evidentemente) também ficam no subúrbio. É pequeno, sujo e mal arejado. Tem apenas um quarto, mas que serve (logicamente) para apenas um morador (que geralmente não pára em casa). O trabalho desse cara é uma bosta! (Pior do que a casa ou qualquer outra coisa em sua vida). Nele, ele tem a difícil função de ser recepcionista interno, ou seja, atender as exigências dos próprios companheiros de trabalho, o que; geralmente são muitas (por serem mútuas). Entretanto, devido as suas visões extra-sensoriais, pensa passar a predizer o que os outros dizem. O problema é que, os xingamentos e ofensas, que antes engolira e ficavam sem respostas, não se mantiveram sem respostas. A universalidade do pensamento foi destroçada pelas visões deste, que as usou a seu favor. Por isso foi despedido. Voltou para a merda da sua casa e quase que se cansou de ficar olhando o teto sujo e cheio de teias de aranhas.
[A palavra repele o pensamento; que dispensa a subjetividade; que faz a merda continuar em sentido ao ventilador].
Por tudo isso, essa é uma simples história.
[A palavra repele o pensamento; que dispensa a subjetividade; que faz a merda continuar em sentido ao ventilador].
Por tudo isso, essa é uma simples história.
Um comentário:
Não, não é tão simples história.
Você foi no imaginário de tantos que se identificarão ao lê-la.
Por isso nem tão imaginária...
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