Na cama.
-Amor, soca!
-Soca? Não existe
resto de comida aqui.
-Seu bobo, vamos,
fica pelado.
-Como assim?
-Vai tira a cueca
logo.
-Espera um minuto.
(Silêncio).
-Por que tu
pronunciastes sempre errado?
-Ann!?
-Primeiro tu falaste
“fica pelado”, só estamos em dois aqui. A não ser que vós
tenhais outro…
-Que outro?
-Tu falaste em
terceira pessoa. E depois “tira a cueca”, novamente em terceira
pessoa. Tu não me amas...
-Como assim? Do que
você está falando?
-Vossos erros de
pronuncia.
-Você vai liga para
isso?
-É “Isto!”, não
“isso”. E como não vou ligar? Isto é um defeito de vossa
família. Sua mãe me dissestes
“Trate ela bem, e ela 'amara' você. Me digas, conhecemo-nos
no passado do
passado? Para ela falar isto? Amará! Ouviste bem? Amará!
-Eu não estou
acreditando, vou ir embora!
-Estás vendo! “Vou
ir”, vós pronunciastes o mesmo verbo duas vezes! Duas! No presente
e no futuro.
(Ela levanta, se
veste, junta as roupas, e pega o telefone indo em direção a porta).
-Espera!
-O que você quer,
senhor português?
-O viagra fez
efeito, pega a camisinha na gaveta.
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